Doulas


Desde os primórdios da humanidade, acumulou-se um conhecimento empírico, fruto da experiência de milhares de mulheres auxiliando outras mulheres na hora do nascimento de seus filhos. Com a hospitalização do parto nas últimas décadas, as mulheres, desenraizadas e isoladas, perderam esse apoio psicossocial. Como parte do processo de integração desses conhecimentos tradicionais milenares com os progressos científicos contemporâneos, vem surgindo, no frio cenário do parto hospitalar, a figura da doula.

Doulas são acompanhantes de parto,  na maioria mulheres, que prestam apoio físico, emocional e afetivo para mulheres antes, durante e após o parto, seja no ambiente hospitalar ou domiciliar. A palavra doula vem do grego e significa “mulher que serve”,  sendo uma companheira da parturiente e assistente da parteira. Não substitui o acompanhante ou a parteira, o trabalho da doula vem somar à equipe o vínculo familiar servindo também de mediadora entre a assistência e a família e auxiliando o contato com a profundidade emocional da vivência do parto.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde de vários países, entre eles o Brasil (portaria 28 de maio de 2003), reconhecem  a profissão de doula. Pesquisas realizadas na última década demonstraram que, sob a supervisão de uma doula, o parto evolui com maior tranqüilidade e rapidez e com menos dor e complicações tanto maternas como fetais. Com a difusão da nova profissão, poderá também ocorrer uma substancial redução de custos para os sistemas de saúde, graças à redução do número de intervenções médicas e do tempo de internação de mães e bebês.

O Ministério da Saúde  considera que a participação da doula é mais um instrumento humanizador, pois ela acolhe e acompanha as mulheres na hora do parto, dando apoio emocional e incentivo não só às gestantes, mas também a seus familiares.

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